A Repórter Brasil publicou duas reportagens, em fevereiro, que denunciam quem se beneficia da destruição da floresta amazônica. Com repórteres na Itália e no Brasil, detalhamos o destino do ouro extraído ilegalmente da Terra Indígena Kayapó, no sul do Pará.
Spoiler: quem compra é uma gigante italiana que produz 70% das alianças de casamento vendidas no país.
Em outra reportagem sobre o garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, mostramos como uma cooperativa de garimpeiros entrou na mira da PF por exploração ilegal de ouro e por legalizar o metal por meio de fraude.
Também voltamos até Novo Progresso, o epicentro do 'Dia do Fogo' (quando fazendeiros e empresários do sudoeste do Pará se articularam para queimar a floresta amazônica) e constatamos que, dois anos depois, em um dos locais mais devastados pelo fogo, há lotes repletos de plantações de soja.
Além da destruição provocada pelo fogo, os repórteres mostram como fogo e depois a soja levaram riqueza para a área urbana de Novo Progresso, mas acirrou os conflitos no campo, com ameaças e mortes de assentados.
A reportagem "Ouro ilegal da Terra Indígena Kayapó termina em gigante italiana que fatura R$ 18 bi" foi republicada pela Folha de São Paulo e repercutiu na imprensa europeia, principalmente na Itália. O Partido Verde italiano acionou a procuradoria pedindo a abertura de investigação, além de questionar o governo. Já a reportagem "Área incendiada no ‘Dia do Fogo’ foi transformada em plantação de soja" foi republicada pelo UOL e tema do podcast O Assunto do G1.
Reportagens como essas estão no cerne da Repórter Brasil. Por isso, vale reforçar a frase que usamos no nosso vídeo (veja abaixo) para celebrar duas décadas de vida: A gente faz questão de mostrar o que eles fazem questão de esconder.
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